AMIZADE DO TEMPO DE GUERRA!
(Recordar e rever amigos)
Será que ainda
existe amizade? No mundo em que nos movemos, com todos os interesses
económicos, do salve-se quem puder, do individualismo, do egoísmo, parece haver
pouco espaço para sentimentos de amizade, no entanto, não pudemos conceber a vida
sem amigos.
Muitas vezes confundimos “conhecidos” com
amigos, e quando dizemos que temos muitos amigos, na realidade o que temos são muitos
conhecidos.
Vamos citar
abaixo um parágrafo do livro de Francisco Alberoni, sobre este tema:
“ Os conhecidos. A maior parte das pessoas que
consideramos nossos amigos, na verdade, são só conhecidos, ou seja, pessoas que
não nos são estranhas como o conjunto amorfo dos demais. Conhecemos o que
pensam, e seus problemas. Mas não nos inspiram confiança profunda; não lhes
contamos nossas ansiedades profundas.”
(Francesco Alberoni)
Amigos, são
aqueles, que no pensamento de Alberto Einstein, e no extrato do livro sobre a
amizade de Francesco Alberoni, abaixo transcritos, bem ilustram, e, que na nossa
opinião, mais se aproxima do que podemos considerar amizade:
“Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um
dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.”
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.”
“Albert Einstein”
“Quando reencontramos um amigo
depois de anos é como se o tivéssemos deixado momentos antes. Mas nós mudamos,
nossos problemas mudaram, e temos a impressão de prosseguir o que estávamos
fazendo, como se não tivesse existido o intervalo.”
Francesco Alneroni
Toda esta introdução, para falarmos de vários amizades, que
ao longo da vida vamos construindo:
A amizade que fazemos, numa primeira etapa da nossa vida,
nos bancos de escola, de quantos nos recorda, hoje;
A amizade que mais tarde, através das relações de trabalho, vamos
cimentando ao longo de muito tempo;
A amizade que construimos no local de residência, no clube
ou coletividade do nosso bairro, na nossa atividade lúdica ou desportiva.
Mas a nossa geração, teve o privilégio, embora numa situação
que não desejávamos, vir a conhecer, pessoas de vários pontos do país, de
vários extratos sociais, durante cerca de 2 anos, no nosso caso em Angola, onde
temos a certeza, cada um de nós veio a fazer amigos, e que ao ler as citações
acima, nos identificamos claramente e nos reconhecemos nesses textos, citados.
São, elos de amizade, que apesar do tempo, continuam unidos.
É, esta amizade, cimentada, numa situação de guerra, que
estamos nalguns casos, a reconstruir, em encontros e reencontros, continuando
aquilo que há mais de 40 anos construímos, uma velha amizade.
F. Santos
Transcrevemos na integra, como comentário, o texto do autor que acompanhou este testemunho:
ResponderEliminarOlá amigo!
Como ninguém se decide a contar as suas aventuras e desventuras de outros tempos...
Envio-te mais texto, não de um acontecimento passado, mas uma escrita lamechas, que me deu para escrever sobre um tema que achei que tinha alguma atualidade.
Se achares que vale a pena publicar, podes fazê-lo.
Penso que se enquadra perfeitamente na página de testemunhos.
Um abraço amigo
FS