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O 1º. REIS E FURRIEL SANTOS CONCENTRADOS NA
RESOLUÇÃO DE UMA PACIÊNCIA |
Terminada a comissão e
feita a passagem de testemunho ao Vagomestre da companhia que nos veio render,
como tínhamos alguns assuntos oficiais, a resolver em Luanda, regressamos mais
cedo na companhia do 1º Reis.
Despedimo-nos do Lungué-Bungo, passamos pelo Luso, onde com alguma
dificuldade, conseguimos, nós e o 1º Reis, viagem num Noratlas, rumo a Luanda.
A viagem foi turbulenta, com vários poços de ar no percurso, que
provocavam quedas livres do avião, as cadeiras de lona também não eram muito
confortáveis, mas lá conseguimos chegar, aterrando a salvo, no aeroporto de
Luanda.
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NORATLAS-FORÇA AÉREA PORTUGUESA
Chegados a Luanda, instalámo-nos numa residencial próxima da baixa, e
por lá fomos ficando alguns dias, até que numa manhã, dum dia que tínhamos
decidido não trabalhar, passámos pela baixa, parámos num quiosque que ficava no
largo em frente aos Correios, bebíamos umas cervejas e comíamos uns camarões
pequenos, que sempre eram servidos como acompanhamento.
CORREIOS CENTRAIS DE LUANDA
Foi neste
momento que o 1º Reis teve uma ideia espetacular, um conterrâneo que estava radicado em
Luanda, da sua geração, era proprietário dum café muito próximo da residencial
onde estávamos hospedados, voltou-se para nós e disse: “Ó Santos, tenho aqui um conterrâneo que tem um café, chama-se também Fernando..., vamos sacar-lhe umas cervejas e um presuntinho lá da terra?, dito isto, concordámos de imediato e pusemo-nos a caminho.
Chegados ao
café, feitas as apresentações, sentamo-nos, pedimos duas cervejas, entra de
novo em cena o 1º Reis: “Ó Fernando, bebe aqui uma cervejinha connosco!”, o
dono do café acedeu prontamente, sentando-se na nossa mesa, bebíamos e
conversávamos, relembravam coisas da terra, quando o 1º Reis voltou à carga:
“não tens aí uns pratinhos de presunto, uns queijinhos… qualquer coisa para
acompanhar?”, o Fernando do café, de imediato, deu ordens ao empregado para
preparar os petiscos.
Passámos
várias horas, bebendo, comendo, conversando…, repetindo a dose várias vezes,
até que já bem aviados, levantámo-nos, e quando nos preparávamos para abandonar
o café e regressar à residencial, já na saída, diz o Fernando do café para o 1º
Reis: “Ó Fernando, ainda não pagaste a conta!”, era uma conta bem gorda…, desculpámo-nos
do esquecimento e não tivemos outro remédio senão pagar.
Em consequência as nossas finanças ficaram em baixo, e
tivemos de tomar uma medida imediata, mudarmo-nos da residencial para a Messe
de Sargentos, que ficava mais longe da Baixa, mas mais perto do BO…
MESSE SARGENTOS LUANDA
Seguiram-se
outras medidas, mas estas serão tema de outro testemunho…
Texto: F
Santos
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Transcrevemos na integra, como comentário, o texto que acompanhou este comentário:
ResponderEliminarOlá amigo!
Estou de regresso, hoje, vou começar pelo fim.
Caímos na nossa própria armadilha!!!
Armamo-nos em espertalhões... e sofremos as consequências, pagamos e calamos.
Um abraço amigo!
Pela boca, morre o peixe....
ResponderEliminarGente do norte dirá: que te armaste em Lambão.
Não vejo quase nenhuma diferença, entre esta Tua história (pelos vistos) verídica, e aquela Minha que tu inventaste.
Para te avivar a memória basta carregares no link:
http://ccac2504.blogspot.pt/2012/04/imaginacao-fertil-de-um-vagomestre.html
Há uma diferença fundamental, tu andaste a comer na messe, nós a petiscar de ricos, o nosso resultado foi mais doloroso, mas nada que não tivessemos ultrapassado.
EliminarAguarda o próximo capítulo.