sexta-feira, 28 de junho de 2013

OUTROS ENCONTROS

Apesar de algum atraso, postamos o último Ponto de Encontro publicado pelo CM.
PONTO DE ENCONTRO
CORREIO DA MANHÃ
22JUN2O13

sexta-feira, 21 de junho de 2013

COMO NASCEU UM "SOBRINHO" DO GENERAL SPÍNOLA


-TESTEMUNHO-

Como nasceu um “sobrinho” do General Spínola

O Canage era um rio que se situava entre o Lucusse e o Luso, na província do Moxico. Foi nas proximidades desse rio, que instalámos o nosso acampamento, com a missão de efetuar a proteção aos trabalhos de construção para posterior asfaltagem da estrada que iria ligar a cidade do Luso a Gago Coutinho.

Estávamos nesse dia na Messe de Sargentos, já era noite, jogávamos as cartas numa mesa comprida, lembro-me que estariam lá, se a memória não atraiçoa, o Furriel FS, o Furriel JS, o Furriel JM, o Furriel VR e, talvez mais alguns camaradas, que decorridos todos estes anos não consigo recordar.

Na cabeceira da mesa sentava-se um nosso camarada Furriel que não participava no jogo, bebia cerveja, estaria já certamente com uma grande dose de cacimbo, porque a determinada altura começou a falar duma maneira confusa, com frases que não faziam qualquer sentido para nós, tais como “salta cavalinho, salta prás minhas costas” e simulava com os ombros o galope do cavalo, repetindo isto várias vezes, ou ainda “eu sou o sobrinho do Spínola que está na Guiné” e “vocês vão estar lixados”, tudo isto perante a estupefação geral dos outros camaradas, que pararam o jogo e ficaram ali sem saber muito bem o que se passava.

A determinada altura saiu da messe, pensamos que iria para a tenda pernoitar, mas não, sem que alguém o conseguisse deter, depois de ter caído sobre as cinzas e o carvão, nas imediações da cozinha, ficando num estado lamentável, infiltrou-se na mata e desapareceu. Já de madrugada foi encontrado pelas patrulhas que então organizámos para o procurar, andava a colocar pedras ao longo da estrada e dizia “são ordens do meu tio Spínola” e prosseguia “que me mandou colocar estas minas para acabar com isto”. Depois de muita insistência e do cansaço, subiu para una viatura que o levou até ao rio, mergulhou na água vestido, e deve ter libertado algum cacimbo, porque quando chegou à margem exclamou “o que é que me aconteceu!”.

Foi assim que nasceu um “sobrinho” do General Spínola e, a partir desse dia, passou a ser conhecido por essa alcunha.

Texto: F Santos
A foto do acampamento do Canage foi retirada do Blogue, no testemunho “A SORTE ESTEVE DO NOSSO LADO”.


terça-feira, 18 de junho de 2013

I ENCONTRO C CAÇ 2505

-ENCONTROS C CAÇ 2505-
I ENCONTRO C CAÇ 2505 EM S. JORGE

Vamos passar a postar todos os Encontros/Convívios, passados e futuros da nossa Companhia e ou, também, onde ela tenha participado. Para já, publicaremos tudo o que temos sobre esses eventos, como por exemplo, convocatórias, fotos, discursos, etc.. Vamos, também, criar uma página que servirá de índice e busca para melhor localização deste convívios na página inicial.

Assim, aqui está, como peça única, o que de mais antigo possuímos:

RESTAURANTE S SEBASTIÃO

Esta é uma foto de um almoço no Restaurante São Sebastião,  na estrada nacional um, perto de Pombal desconhecendo o ano em que foi tirada. Não sei se terá sido o nosso primeiro encontro. Penso que a primeira organização destes eventos pertenceu aos meus caros amigos, Arlindo, Seguro e Simões. Agradecemos, também, a todos os ex-combatentes da C Caç 2505, familiares e amigos, que tenham mais  fotos ou pormenores sobre este almoço que nos enviem e comentem.

Agradecemos, também, que nos enviem tudo o que possuem sobre os nossos almoços anteriores ao ano de 2001 inclusive.
Aqui fica, também, aquele abraço amigo
JM

domingo, 16 de junho de 2013

OUTROS CONVÍVIOS

Como referimos anteriormente, aqui estamos de novo para postarmos mais uma notícia sobre outros convívios,, de unidades militares que serviram no ultramar. 
Sublinhamos que mais um Batalhão, o 2855, foi contemporâneo da nossa Companhia em Angola. Fica em aberto a hipótese de falarmos com o organizador do encontro, dado pensarmos que também estiveram no leste daquela então província ultramarina.
JM
PONTO DE ENCONTRO
CORREIO DA MANHÃ
15JUN2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

OUTROS CONVÍVIOS

Numa leitura cruzada ao Correio da Manhã, descobri que este jornal publica semanalmente uma pequena coluna, indicando as datas de encontros de ex-combatentes de outras unidades, identificando também o local onde serviram e respectivos anos.
Algumas destas unidades, foram contemporâneas nesses locais com a nossa companhia.
Por mera curiosidade e talvez outros contactos, vamos passar a postar, também, com a periodicidade semanal. Gostaria de conhecer a vossa opinião.
JM
PONTO DE ENCONTRO
CORREIO DA MANHÃ
01JUN2013
PONTO DE ENCONTRO
CORREIO DA MANHÃ
08JUN2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

XX ENCONTRO NACIONAL COMBATENTES

10 DE JUNHO 2013 EM BELÉM


Realiza-se hoje em Belém, na cidade de Lisboa com a promoção da Comissão Executiva do Encontro Nacional de Combatentes 2013, o seu XX ENCONTRO NACIONAL.
Integrado nas Comemorações do 10 de Junho de 2013, as comemorações têm o seguinte programa:

10H30 - Missa Mosteiro dos Jerónimos
11H30 - Concentração
12H00 - Abertura pelo Presidente Comissão Alm Melo Gomes
12H05 - Cerimónia inter-religiosa
12H10 - Discurso homenagem Combatente de Isabel Jonet
12H20 - Homenagem aos mortos com deposição de flores
12H40 - Hino Nacional com salva por navio Marinha
12H45 - Passagem aeronaves da Força Aérea
12H50 - Passagem pelas lápides combatentes mortos
13H10 - Salto paraquedistas
13H30 - Almoço

Estarão presentes, como convidados, várias personalidades. Como é costume estas cerimónias estão abertas ao público em geral.

JM

AOS QUE DERAM A VIDA PELA PÀTRIA


Neste dia, 10 de Junho, não o posso deixar passar sem relembrar, prestando aqui com breves palavras, uma simples homenagem aos nossos camaradas, que morreram ao serviço da Pátria.

Para mim e a todos os que com eles mais conviveram, deixo aqui uma ou outra recordação de bons momentos passados.


Para aqueles ex-camaradas combatentes que embora não tenham tombado, mas que sofreram deficiências no cumprimento do dever, também deixo aqui a minha lembrança e homenagem.

Este pequeno sentimento é extensivo a todos os militares combatentes ou não, que servindo outras unidades, também pereceram ou ficaram deficientes nos vários teatros de guerra onde participaram.


A todos estes homens, gostaria que Portugal não os recordasse só neste dia, mas que os acompanhasse, prestando-lhe todos os dias o devido reconhecimento e homenagem. 

JM

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Uma caçada que podia ter corrido mal...

Como sempre, quando caçávamos, estava sempre na primeira linha, nunca perdia uma oportunidade de participar numa caçada.

Partimos do Canage, com um Unimog e um jipe (designado na gíria por cabra), em direção a uma planície frequentada por Gnus (conhecidos por bois/cavalos). Nessa planície encontramos uma manada num bebedouro, que se pôs em fuga ao aperceber-se da nossa presença, perseguimo-la com o jipe, e, pouco depois perdemos o contato com o Unimog, continuamos a perseguição, mas o terreno era ondulado e o jipe saltava com alguma violência, o que provocou o rompimento da lona dos assentos traseiros, onde ia sentado com o guia; na impossibilidade de continuar a perseguição, devido aos impactos com os ferros, pedi ao condutor, o J Inês, para parar a viatura, apeei-me, e fiquei junto duma moita, o Inês, o guia e outro camarada que não me lembro quem seria, continuaram até desaparecerem no horizonte (soube depois que o guia também saiu da viatura).

No princípio não fiquei preocupado, mas com o passar do tempo, o jipe não dava sinais de vida, não me recordo dos pensamentos que me passaram pela cabeça, mas seguramente tive noção exata, naquela tarde, que não regressaria ao aquartelamento, nem saberia sequer se alguma vez voltaria.

No silêncio daquela planície, foi com grande alívio que comecei a ouvir o barulho do motor, ainda sem ter a viatura à vista, até que comecei a ver a sua aproximação ao local onde me encontrava, traziam um exemplar da caça, que conseguiram abater, imagino a distância que percorreram, que nem ouvi o tiro disparado sobre o animal. Tudo isto terá demorado mais ou menos 2 horas.

De regresso, já na picada, reencontramos o Unimog com os restantes "caçadores" (não me recordo o nome de todos os ocupantes, mas eram alguns dos que estão na 1ª foto, que poderão ser identificados por outros camaradas nos comentários, que desejamos venham a aparecer).

A memória já não consegue registar tudo o que se passou, mas no último almoço da C. Caç. 2505, onde reencontrei o companheiro Inês, ele próprio, me disse que tinham andado perdidos, e que chegaram a pensar que não me conseguiam encontrar, depois de andarem às voltas, vislumbraram os sinais dos rodados do carro marcados no chão, seguiram-nos, foi assim, que conseguiram regressar

Foi desta maneira que terminou uma caçada que podia ter corrido mal… hoje, talvez, não pudesse testemunhar este acontecimento, ou teria outros desenvolvimentos para contar…



Fotos e texto de: F. Santos
PS. Apenas a 1ª foto diz respeito à caçada testemunhada, as outras 2, foram tiradas noutras caçadas.