quinta-feira, 19 de abril de 2012

ALMOÇO / CONVÍVIO 2012 C CAÇ 2505


ALMOÇO CONVÍVIO 
EM
 POMBAL  12/05/2012


Este ano por razões logisticas voltamos a realizar, na zona de Pombal, o Almoço Convívio dos ex-combatentes da Companhia de Caçadores 2505.

O “Rancho” a ficar a cargo do José Simões e a“Chamada” será realizada pelo João Merca.

A concentração a partir das 10H30, do dia 12/05/2012 efectuar-se-á no parque de estacionamento,  do RESTARANTE O MANJAR DO MARQUÊS, em Pombal.  Deste local, pelas 12H30, avançaremos para o Objectivo, realizando o planeado Golpe de Mão.

Comparece, fazendo a tua inscrição para os telefones abaixo indicados.

Avisa todos os ex-camaradas com quem tiveres contacto.  Se tiveres conhecimento de algum outro, que nunca tenha estado presente nestes convívios, trá-lo também.

Lisboa, 14/04/2012                                                                     
                                                                                  A Comissão Organizadora
                                                                                   João Merca / José Simões

SITUAÇÃO DO OBJECTIVO E PICADAS ACONSELHADAS:

O objectivo já de todos conhecidos situa-se práticamente à saída de Pombal na antiga Nacional 1/IC2, no sentido Pombal/Coimbra.
Aconselhamos a saída da A1 em direcção a Pombal.


 Telf. +351 217 973 863 ( Noite 2ª. a 6ª. Feira)
+351 919 099 182 ( Dia )
E-mail - jotamerca@gmail.com

segunda-feira, 16 de abril de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO COM O FERNANDO SANTOS

Realizou-se no passado dia 10 de Abril um almoço de confraternização, aproveitando a presença entre nós do Fernando Santos, que veio passar alguns dias a Portugal.

Dos dois dias possíveis, o dia dez foi o escolhido, para com muita falta de tempo, fosse possível juntar alguns amigos ex-camaradas do Batalhão 2872, que com ele mais de perto conviveram.

   
Pelas 11H30 abriram-se as portas do Solar dos Amigos e Ilha do Paraíso, restaurante típico, sito na povoação do Guizado muito perto das Caldas da Rainha.

Das entradas, ao delicioso bacalhau, à carne grelhada com os respectivos acompanhamentos, o pãozinho quente e a estalar, o vinho da casa nos jarros de barro, tudo esteve bem e em quantidade e o preço foi mesmo de crise. Não há qualquer dúvida que quanto ao repasto, temos de atribuir a nota máxima.




Mas, de tudo isto, o mais importante foi o agradável convívio que todos os presentes proporcionaram. Não faltaram as “estórias” passadas há mais de 41 anos e as “bocas” dadas por isto ou por aquilo. Embora a ausência do F Santos contasse já com os tais 41 anos o trato entre todos foi igual ao que tínhamos passados que foram todos estes anos. Dava a sensação que regressávamos aos nossos vinte e poucos anos.





Em breves palavras de improviso, tentei exprimir o que para nós significava o reencontro com o F Santos, apresentando também, algumas saudações amigas de outros ex-camaradas, que por vários motivos não disseram presente, elevando o alto espirito de camaradagem e amizade existentes. O tempo foi passando e estávamos a chegar à hora da despedida deste agradável convívio, que veio a verificar-se mais ou menos pelas 16H00.











Estiveram presentes pela nossa companhia além do F Santos, o J Simões, A Carlos, A Seguro, L Costa, A Silva e eu próprio. Pela CCS o nosso amigo A Medrôa e pela 2504 além do nosso amigo Campos, estiveram também presentes o M Pimenta e o Jorge Severino. Até breve.

JM



quarta-feira, 4 de abril de 2012

PÁSCOA FELIZ 2012


PARA TODOS OS EX-COMBATENTES DA C CAÇ 2505, FAMILIARES E AMIGOS, DESEJO DE UMA PÁSCOA FELIZ, COM SAÚDE E COM A CORAGEM POSSÍVEL PARA ENCARAREM O DIA DE AMANHÃ, UM DE CADA VEZ E TODOS OS QUE SE SEGUIREM....
JM

DESLIZANDO NO RÁPIDO LUNGUÉ-BUNGO!!!!

O aquartelamento do Lungué-Bungo, estava situado do lado direito da estrada no sentido Luso, Gago Coutinho, em frente ao Quimbo e a seguir à casa de habitação e comércio do Sr. Fonseca. O Sr. Fonseca, era um cidadão português que estava radicado em Angola, havia muitos anos, onde vivia com uma angolana, depois de ter enviado a mulher e os filhos, para Coimbra, a seguir ao início da Guerra Colonial.
Diariamente deslocávamo-nos ao rio onde havia uma ponte que ostentava uma placa (que não é a que está na foto). A distância da Ponte a Lisboa que estava inscrita nessa placa era de 9669 kms, de acordo com pesquisas que fizemos na Net. Muitos camaradas mergulhavam na água, a partir da parte de cima do gradeamento, duma altura que deveria rondar entre os 10 e os 15 metros, aventura que não nos seduziu, talvez pelo perigo, talvez por medo, enfim não saltamos. Muitos camaradas tentaram o sky, alguns com algum sucesso, nós não passamos dumas valentes quedas e desistimos antes de começar a deslizar, deslocávamo-nos por vezes até à ilha onde petiscávamos e bebíamos uma bebida explosiva, por nós preparada, talvez devido à ingestão de tão precioso néctar, os camaradas fuzileiros, no regresso, destruíam todas as hélices dos barcos, incluindo as de reserva, e como consequência tínhamos de vir ao sabor da corrente até à ponte. Mas não é esta “estória” que lhes queria contar, mas uma “estória” da praia,  que religiosamente, frequentávamos.

Mergulhávamos a partir duma prancha que tinha sido construída na margem do rio, nadávamos, expúnhamo-nos ao sol a bronzear, e assim passávamos os dias. Num determinado dia nadámos até ao meio do rio e inadvertidamente deixámo-nos deslizar ao sabor da corrente e, quando nos apercebemos, já lutámos desesperadamente para regressar à margem, mas em vão, a corrente tinha tomado conta do nosso corpo, e não tivemos outro remédio senão nos deixar arrastar, a grande velocidade e em desespero, até nos precipitarmos no rápido (espécie de queda de água) e caímos no remoinho que se encontrava no final, do qual nos livrámos com alguma dificuldade. Passámos então do desespero da descida, a um espetacular sensação, repetimos esta descida vezes sem conta, agora acompanhados de alguns camaradas que também se aventuraram.
Desta maneira, passámos do medo, ao prazer da descida.

Tratamento das fotos cedidas por M Pimenta: F Santos
Texto: F Santos

terça-feira, 3 de abril de 2012

ERA UM BOM COMPANHEIRO. PAZ À SUA ALMA.

Até hoje, quando se falava no Furriel Temudo, vinha-me logo á baila o cacimbo e a história da escova de sapatos puxada pela trela, qual maluquinho de arroios.

Sabemos agora com exactidão, de tudo o que se passou, e posso afirmar que qualquer semelhança com a realidade, tem alguma coincidência.

Certa vez, apareceu no acampamento da 2506, um cãozinho engraçado rasteirinho e muito felpudo “quase não se lhe viam os olhos”. Um animal sem pedigree, porém inteligente, que rapidamente descobriu quem era o Chefe. Feliz, seguia-o para todo o lado mas impedido de entrar, dormia num tapete fóra da tenda.

Era o xodó da companhia, até que um dia apareceu deprimido, com um aspecto doentio. A vitalidade outrora exibida, de repente desvanecera. Acabaram-se os cólinhos, os mimos, e as risadas das travessuras, porque a sua doença podia ser perigosa. Será Esgana? Raiva? Pior ainda?.  Iniciou-se então, uma luta contra o tempo no intuito de fazê-lo espevitar de novo, mas… debalde.

O dia estava abrasador, talvez mais de 40º. Armado em alentejano, parecia até, estar a arranjar lenha para se queimar. Lânguido, e já sem forças para beber, não reagia aos estímulos. Chegou-se “por unanimidade” a uma triste conclusão: Era um caso perdido.

Para aliviar o sofrimento, sabemos agora, que o Furriel Atirador foi incumbido pela chefia, para uma ingrata missão secreta. Tinha de a cumprir até á hora do almoço, e sem hipóteses de recusa. Essa missão era nem mais nem menos, “Assassinar a sangue frio” com um tiro certeiro, o fiel amigo “não confundas com bacalhau”. Para isso, podia sair tranquilo do aquartelamento e sem receio, porque a sentinela seria avisada para não reagir, pois ia soar um tiro.

O Temudo com receio, não podendo esquivar-se da missão, reuniu dois bocados de corda. Pediu depois à chefia, autorização para utilizar em vez da G3, um pequeno revólver que possuía. Autorização concedida.

Com todo o cuidado para não ser mordido, atou a corda á volta do pescoço do animal e incitou a segui-lo. Sem obter resposta, resolveu sem mais delongas rebocar o bicho pela trela. Saiu do aquartelamento, e percorreu a recta de 600 metros, com o animal de rôjo levantando poeira. A meio do caminho, apreensivo, olhou para trás e reparou nos olhares incrédulos de alguns soldados, que atónitos assistiam á cena.

Finalmente chegou á curva, um sítio ideal para cumprir sem testemunhas, a execução imposta. Olhou-o de frente, pediu desculpas, encostou-lhe o pequeno revolver á testa, virou a cara e pum. O pobre cãozinho até recuou, talvez 40 centímetros. Uff... Missão cumprida; descansa em paz.

Iniciou agora o regresso, pensando como iam reagir os soldados ao vê-lo chegar só, de pistola á cinta e G3 ao ombro. Três passos dados, com remorsos olhou para trás. ??!!. e estremeceu! Estarei Cacimbado?

Não queria acreditar no que via; o pobre bicho estava a pôr-se de pé. Aleluia, o malvado ressuscitou. Não sabia se rir se chorar.

Reflectiu melhor e, grande chatice. Tinha de viver tudo de novo. Levantou a franjinha da testa do animal e confirmou a existência do tiro. Tinha só um furinho, o da frente. Se a bala não saiu, pelo menos entrou.

Respeitosamente falou com ele: Perdoa amigo, mas tenho de repetir a dose. Novo ritual e novo tiro. Não tanto, mas uma vez mais o bicho recuou. Será que foi desta? Aguardou um pouco, e afinal o canídeo insistia em não morrer. É mesmo um cão de guerra, pensou. Mas….

Deves estar a gozar comigo!.. Armado em Rambo, largou a pistola, agarrou na G3 e deu-lhe o golpe fatal. THE END.

Era um bom companheiro. Paz á sua alma.

M Pimenta