segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ENCONTRO 2015 C CAÇ 2505

- ENCONTROS C CAÇ 2505 -
ENCONTRO C CAÇ 2505 EM POMBAL 2015 

Ainda o dia não tinha começado a clarear e já estava praticamente pronto para iniciar a viagem de Lisboa a Pombal, para mais um encontro anual da nossa Companhia. Praticamente pronto, porque ainda faltavam uns pormenores relacionados com a organização de mais este evento.

As oito horas chegaram rapidamente e era o momento de passar por Sete Rios para apanhar Madeira Costa. Após os cumprimentos habituais, dirigimo-nos ao Terreiro do Paço, onde perto deste local na estação fluvial, já nos esperava o Fernando Santos.

Viajando junto ao Tejo, passando pelo Parque das Nações, apanhamos a A1 e não mais parámos até Pombal. Durante a viagem trocavam-se as conversas habituais, principalmente com o M Costa que não víamos há dois anos. Já tínhamos passado a área de descanso de Leiria, quando recebi o telefonema do António Sousa, que nos informava já ter chegado à estação ferroviária de Pombal. Eram dez horas quando apanhámos o A Sousa e quando chegámos ao parque de estacionamento do Restaurante O Manjar do Marquês, já lá se encontravam meia dúzia de camaradas de armas.

A concentração tinha começado. Os participantes iam chegando entre abraços, as conversas disparavam, assim como as “bocas” de permeio. Muito rapidamente chegou a hora da foto de família que antecedeu a “tomada” dos lugares à mesa.

Antes do “repasto” proferi algumas palavras de improviso, congratulando-me com a presença dos combatentes, familiares e amigos da Companhia de Caçadores 2505. Apresentei as saudações amigas dos camaradas Abílio Lúcio, Álvaro Gonçalves, Ângelo Gabriel, A Marques Mendes, Fernando Reis, João Galinha Ferreira, J Carvalho, Joaquim Sarzedas, Malaquias Justino, J Alvarinho, Hilário Cruz e Vitorino Rodrigues, que por imperativos motivos não puderam estar presentes. Este ano tivemos a alegria, de contar com o António João Varão da Costa, um “maçarico” nos nossos encontros. Aproveitámos, também, para telefonicamente através do Carlos Mota, enviar à companhia irmã 2506 reunida em Penela, uma saudação amiga com votos de um bom convívio. Após o pronunciamento dos nomes dos nossos mortos em Angola e no continente, seguiu-se um minuto de silêncio.

As conversas continuavam com algumas trocas de lugares, formando-se vários grupinhos. Chegou a altura de com muita animação, partimos o bolo comemorativo com o logótipo do Batalhão, que foi acompanhado por um bom vinho espumante. Mais uma vez o J Simões se esmerou na escolha da ementa, que na vertente preço, qualidade e quantidade, fica o reconhecimento do Manjar do Marquês ser uma boa escolha.
O encontro 2015 da C Caç 2505 estava a chegar ao fim. No parque de estacionamento o M Costa, F Santos, H Borges, J Simões e eu próprio dávamos o último abraço de o mais tardar até para o ano.

Para mim, o M Costa e F Santos, o dia ainda não tinha acabado e iniciámos a viagem de regresso a Lisboa. Durante o percurso relembrámos as muitas estórias passadas nos quase vinte e sete meses de comissão, algumas delas, por tão insólitas, serem impossíveis de acreditar.

Chegámos a Lisboa perto das vinte horas. Foi um dia bem passado, que pelos participantes e pelas conversas, nos fizeram regressar aos nossos vinte e dois anos. Até para o ano.

JM

A CONVOCATÓRIA

C CAÇ 2505
CONVIVIO 2015                                                               
JOÃO MERCA                                                                         
LISBOA  
217973863-919099182  -  jotamerca@gmail.com                                                                                 
JOSÉ SIMÕS
COIMBRA
914373011  -  imoes.jml@gmail.com                                                                                                                    
                                                            
Lisboa, 15/04/2015

Assunto: Almoço Convívio 2015- 46º.Aniversário

No próximo dia 9 de Maio, irá realizar-se em POMBAL, no RESTAURANTE MANJAR DO MARQUÊS, mais um almoço convívio dos combatentes da C. Caç. 2505, do Batalhão 2872, que serviu em Angola nos anos de 1969 a 1971.

Para este evento estabelecemos o seguinte programa:

           10H00 – Início da concentração no Parque de Estacionamento do Restaurante
            12H30 – Tempo para as fotografias do grupo e outras
            12H45 – Algumas palavras da organização e  recordar os nossos mortos com um  minuto de silêncio.
            13H00 – Almoço 

Por uma questão logística, agradecemos que as inscrições tenham lugar impreterivelmente, até ao dia 05 do mês de Maio. Caso não possas estar presente e para uma confirmação/atualização de ficheiro, agradecemos que também o comuniques.

Picadas até ao objectivo:
Quem vem de sul pela A1, sai em Pombal; apanha a N1 (IC2) no sentido de Coimbra e anda cerca de 1 Km. É à direita. Quem vier de Norte, da A1 fará o inverso; Sai em Condeixa, segue na direcção de Pombal cerca de 20 Km. O restaurante é à esquerda.

Esperamos que todos os ex-camaradas da C Caç 2505, familiares e amigos apareçam em força em mais esta confraternização dos combatentes da nossa Companhia.

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                                 www.ccac2505.blogspot.com
Um abraço amigo

A Organização
                                                                                  

AS FOTOS

A CONCENTRAÇÃO
















A FOTO DE FAMÍLIA



O ALMOÇO 








O CONVÍVIO
















O BOLO




A DESPEDIDA









Reportagem JM

domingo, 18 de outubro de 2015

"FESTIVAL DA CANÇÃO DO DANGE 1969"

-TESTEMUNHO-

Na Messe de Sargentos, havia um gira-discos e várias dezenas de discos. O nosso tempo, nos intervalos entre operações, patrulhamentos e missões às fazendas Maria Fernanda e Maria Manuela, uns ouviam música, outros dividiam-se entre a música e a “batota” ou jogavam simplesmente às cartas, sempre na companhia das inevitáveis bebidas, que não faltavam no nosso Bar. Assim passávamos o tempo até altas horas.

BAR DA MESSE DE SARGENTOS NO DANGE
Certa noite, ouvindo música, decidimos fazer um “Festival da Canção”, não me lembro de quem foi a ideia, talvez tenha sido do Whisky! Escolhemos cerca de 20 canções, fomos ouvindo uma a uma, durante mais de 1 hora. Passámos à votação, cada um votava na sua canção preferida. Quando chegou a vez do Furriel Zé Simões, verificámos que se encontravam empatadas 3 canções “Non Ho L’Eta” (vencedora do Festival Eurovisão da Canção 1964) de “Gigliola Cinquetti,  “When a Man Loves a Woman” (canção de 1966) de “Percy Sledge” e  "Monia" (canção de 1968) de Peter Holm.

Contávamos, nessa noite, com a presença de uma figura ilustre que nos visitava com alguma regularidade, em serviço ou por amizade, o Doutor Abílio Mendes. Antes de continuarmos o nosso testemunho, convém falar um pouco, quem era o Doutor Abílio Mendes: alferes médico, que ao contrário da maioria dos oficiais médicos (colocados nas cidades ou nos hospitais militares), não beneficiava dos favores dos Altos Comandos; destacado na região dos Dembos (a menos de 4 KM do nosso acampamento), numa zona onde só havia mato; fazia parte da Companhia de Cavalaria “Os Centauros” estacionada junto à Ponte do Dange; gostava de confraternizar com os furriéis e sargentos da nossa companhia; visitava-nos com alguma frequência, e, a qualquer pretexto ali pernoitava; gostava do seu whisky; tinha um compleição gorducha e estava sempre bem disposto; era irmão do músico Carlos Mendes, que formara com Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Fernando Chaby e Jorge Barreto, “Os Sheiks”  (apelidados na altura de “Beatles Portugueses”).

Agora que já sabemos quem era o nosso convidado especial, vamos continuar o nosso testemunho. Enquanto o Furriel Zé Simões tentava justificar a sua escolha, com argumentos que mais pareciam uma declaração de voto, o nosso Doutor interrompia-o com esta frase “Eh pá põe lá os Sheiks”, o Zé Simões tinha de voltar ao princípio na sua argumentação, isto aconteceu não sei quantas vezes, sempre com a mesma frase “Eh pá põe lá os Sheiks”,… finalmente terminámos a votação, e foi declarada como grande vencedora a canção “Non Ho L’Eta” de “Gigliola Cinquetti”. Esqueci por completo o que terá dito, o Furriel Zé Simões para justificar a sua escolha.

Depois de Sanremo - Itália e Copenhaga - Dinamarca, era agora a vez do Dange – Dembos/Angola, o terceiro “Festival”, em que esta canção triunfava. Como estava “regulamentado” e previamente combinado, a canção vencedora voltaria ao “palco” para receber os aplausos do público (que éramos todos nós), mas lá vinha a voz arrastada do nosso médico, já bem aviado com Whisky, “Eh pá põe lá os Sheiks”,… escusado será dizer que tivemos de ouvir durante a noite, aquele conjunto, várias vezes.

Terminado o serão, alguns amigos furriéis, que a esta distância de 46 anos, não me recordo quem foram, “transportaram” o amigo médico até aos aposentos do 1º Sargento Fernando Reis, onde pernoitou…

Chegou assim ao fim o “Festival da Canção do Dange 1969”. Se alguém se lembrar de outros pormenores deste ou de outros acontecimentos, pode fazê-lo nos comentários ou de preferência em novo testemunho.

LOCAL ONDE SE REALIZOU O "FESTIVAL DA CANÇÃO DO DANGE 1969"
Texto: Fernando Santos

domingo, 11 de outubro de 2015

BREVE NOTÍCIA

-NOTÍCIA-
Após um largo período de ausência informamos os nossos seguidores, que muito em breve vamos voltar ao vosso convívio.

Esta ausência deveu-se a vários e imperativos motivos, mas de novo aqui estamos, agradecendo o vosso acompanhamento, mas também, solicitando a todos os combatentes, familiares e amigos da C Caç. 2505 que connosco  partilhem os testemunhos vividos ou que tenham conhecimento, assim  como também, nos enviem os vossos esperados comentários.

Bem hajam 
Cumprimentos
JM