sexta-feira, 12 de julho de 2013

O PETISCO QUE FICOU CARO!!!

-TESTEMUNHO-
O 1º. REIS E FURRIEL SANTOS CONCENTRADOS NA
RESOLUÇÃO DE UMA PACIÊNCIA

Terminada a comissão e feita a passagem de testemunho ao Vagomestre da companhia que nos veio render, como tínhamos alguns assuntos oficiais, a resolver em Luanda, regressamos mais cedo na companhia do 1º Reis.

Despedimo-nos do Lungué-Bungo, passamos pelo Luso, onde com alguma dificuldade, conseguimos, nós e o 1º Reis, viagem num Noratlas, rumo a Luanda.

A viagem foi turbulenta, com vários poços de ar no percurso, que provocavam quedas livres do avião, as cadeiras de lona também não eram muito confortáveis, mas lá conseguimos chegar, aterrando a salvo, no aeroporto de Luanda.

NORATLAS-FORÇA AÉREA PORTUGUESA

Chegados a Luanda, instalámo-nos numa residencial próxima da baixa, e por lá fomos ficando alguns dias, até que numa manhã, dum dia que tínhamos decidido não trabalhar, passámos pela baixa, parámos num quiosque que ficava no largo em frente aos Correios, bebíamos umas cervejas e comíamos uns camarões pequenos, que sempre eram servidos como acompanhamento. 


CORREIOS CENTRAIS DE LUANDA

Foi neste momento que o 1º Reis teve uma ideia espetacular, um conterrâneo que estava radicado em Luanda, da sua geração, era proprietário dum café muito próximo da residencial onde estávamos hospedados, voltou-se para nós e disse: “Ó Santos, tenho aqui um conterrâneo que tem um café, chama-se também Fernando..., vamos sacar-lhe umas cervejas e um presuntinho lá da terra?, dito isto, concordámos de imediato e pusemo-nos a caminho.

Chegados ao café, feitas as apresentações, sentamo-nos, pedimos duas cervejas, entra de novo em cena o 1º Reis: “Ó Fernando, bebe aqui uma cervejinha connosco!”, o dono do café acedeu prontamente, sentando-se na nossa mesa, bebíamos e conversávamos, relembravam coisas da terra, quando o 1º Reis voltou à carga: “não tens aí uns pratinhos de presunto, uns queijinhos… qualquer coisa para acompanhar?”, o Fernando do café, de imediato, deu ordens ao empregado para preparar os petiscos.

Passámos várias horas, bebendo, comendo, conversando…, repetindo a dose várias vezes, até que já bem aviados, levantámo-nos, e quando nos preparávamos para abandonar o café e regressar à residencial, já na saída, diz o Fernando do café para o 1º Reis: “Ó Fernando, ainda não pagaste a conta!”, era uma conta bem gorda…, desculpámo-nos do esquecimento e não tivemos outro remédio senão pagar.

Em consequência as nossas finanças ficaram em baixo, e tivemos de tomar uma medida imediata, mudarmo-nos da residencial para a Messe de Sargentos, que ficava mais longe da Baixa, mas mais perto do BO…


MESSE SARGENTOS LUANDA

Seguiram-se outras medidas, mas estas serão tema de outro testemunho…
Texto: F Santos

3 comentários:

  1. Transcrevemos na integra, como comentário, o texto que acompanhou este comentário:

    Olá amigo!

    Estou de regresso, hoje, vou começar pelo fim.

    Caímos na nossa própria armadilha!!!

    Armamo-nos em espertalhões... e sofremos as consequências, pagamos e calamos.

    Um abraço amigo!

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  2. Pela boca, morre o peixe....
    Gente do norte dirá: que te armaste em Lambão.

    Não vejo quase nenhuma diferença, entre esta Tua história (pelos vistos) verídica, e aquela Minha que tu inventaste.
    Para te avivar a memória basta carregares no link:
    http://ccac2504.blogspot.pt/2012/04/imaginacao-fertil-de-um-vagomestre.html

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    1. Há uma diferença fundamental, tu andaste a comer na messe, nós a petiscar de ricos, o nosso resultado foi mais doloroso, mas nada que não tivessemos ultrapassado.

      Aguarda o próximo capítulo.

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